Foi governador de Minas Gerais, de 15 de março de 1971 a 15 de março de 1975, tendo sido eleito de forma indireta, conforme a Constituição de 1967/1969 e o AI-2.
Umas das principais Avenidas da cidade brasileira e mineira - Uberlândia - MG, recebeu o nome do governador, (Avenida Governador Rondon Pacheco), mais falada como: Avenida Rondon Pacheco.
Foi o responsável pela profunda transformação gerada no estado com a implantação da Fiat Automóveis S.A. na década de 70. Antes de tomar posse, visitou Giovanni Agnelli, presidente da Fiat, em Turim, dando início a negociações que culminaram com a assinatura, em 14 de março de 1973, do "Acordo de Comunhão de Interesses para a implantação de uma indústria automobilística em Betim, Minas Gerais". O primeiro presidente da empresa foi o engenheiro Adolfo Neves Martins da Costa.
Três anos depois, a 9 de julho de 1976, a fábrica era inaugurada, com a presença de Agnelli e do então presidente brasileiro, Ernesto Geisel. A Fiat brasileira é hoje (2008) lider de mercado no Brasil, maior indústria de Minas Gerais e maior fábrica da Fiat em todo o mundo.
Foi presidente da ARENA (Aliança Renovadora Nacional), um dos dois únicos partidos existentes na Ditadura Militar no Brasil, um tempo de estagnação politica e grandes revoltas populares. Houve a existência de muitos partidos, porém na ilegalidade, se limitando apenas em panfletos e manifestações seguida de grandes torturas e prisões políticas; um crescimento na região, de fato, ocorreu, porém foi às custas de um silêncio temoroso.
Rondon Pacheco tem 89 anos (2008), vive em Uberlândia-MG e atualmente é conselheiro do BDMG - Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rondon_Pacheco
1968 - ATO INSTITUCIONAL Nº 5
O Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, marcou o início do período mais duro da ditadura militar (1964-1985). Editado pelo então presidente Arthur da Costa e Silva, ele deu ao regime uma série de poderes para reprimir seus opositores: fechar o Congresso Nacional e outros legislativos (medida regulamentada pelo Ato Complementar nº 38), cassar mandatos eletivos, suspender por dez anos os direitos políticos de qualquer cidadão, intervir em Estados e municípios, decretar confisco de bens por enriquecimento ilícito e suspender o direito de habeas corpus para crimes políticos. O ministro da Justiça, Gama e Silva, anunciou as novas medidas em pronunciamento na TV à noite.
Os primeiros efeitos do AI-5 foram percebidos naquela mesma noite. O Congresso é fechado. O presidente Juscelino Kubitschek, ao sair do Teatro Municipal do Rio – onde tinha sido paraninfo de uma turma de formandos de engenharia– foi levado para um quartel em Niterói, onde permaneceu preso num pequeno quarto por vários dias, sem roupa para trocar e nada para ler. O governador Carlos Lacerda foi preso no dia seguinte pela PM da Guanabara. Após uma semana em greve de fome, conseguiu ser libertado. Para driblar a censura, o "Jornal do Brasil" tenta dar a dimensão dos acontecimentos na sua seção de meteorologia:
Tempo negro.
Temperatura sufocante.
O ar está irrespirável.
O país está sendo varrido por fortes ventos.
Máx.: 38º, em Brasília.Mín.:5º, nas Laranjeiras.
(Publicado no Jornal do Brasil, no dia seguinte à decretação do AI-5)
(...)
Art 5º - A suspensão dos direitos políticos, com base neste Ato, importa, simultaneamente, em:
I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função;
II - suspensão do direito de votar e de ser votado nas eleições sindicais;
III - proibição de atividades ou manifestação sobre assunto de natureza política;
IV - aplicação, quando necessária, das seguintes medidas de segurança:
a) liberdade vigiada;
b) proibição de freqüentar determinados lugares;
c) domicílio determinado,
§ 1º - o ato que decretar a suspensão dos direitos políticos poderá fixar restrições ou proibições relativamente ao exercício de quaisquer outros direitos públicos ou privados.
(...)
Chefe de Gabinete Civil
Rondon Pacheco, chefe do Gabinete Civil, acompanhou o tom ponderado do seu conterrâneo e antigo companheiro político Pedro Aleixo, vice-presidente da República. Os mineiros sustentaram que o estado de sítio seria o bastante para conter a subversão e descartaram a urgência da assinatura do AI-5.
Rondon Pacheco foi um dos votos mais reticentes. Declarou, durante a reunião do Conselho de Segurança, que não teve "outro rumo a tomar, outro caminho a escolher" senão o de aceitar o ato. Quando o presidente ia passar para outro ministro, Pacheco pediu de volta o direito de fala e fez outra ponderação - propôs um prazo de um ano para a vigência do ato.
Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/hotsites/ai5/ai5/index.html
...
_reticências ao reticente, quantas vidas seriam violadas no pequeno prazo de um ano?
_novas reticências, pois o AI5 durou até 1978, dez anos de ditadura compactuados pelo nosso conterrâneo.
_e para quando você for também ao teatro rondon pacheco não se esqueça que uma cidade, um país, tem história.
_e para quando você ver a mesma folha/uol divulgando os que lutaram contra a ditadura como terroristas para fins eleitoreiros, lembre-se de que a hipocrisia tem limites.
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