quantos movimentos e forças éticas/estéticas estão em jogo ao longo de cada dia de nossas vidas?
o que nos torna presença que engendra decisões coletivas que, por sua vez, são compostas de inúmeras individualidades?
após esse tempo em que estivemos imersos num confronto entre duas forças, duas escolhas, submergem à superfície a fragmentação da sociedade que permanecia implícita nessa suposta dualidade.
são inúmeros e plurais os pensamentos que permeiam esse habitat-brasil.
pluralidade é uma palavra que conforta. ramificações, rizomas, são sempre mais interessantes do que as divisões binárias.
mas até que ponto sabemos conviver com o diverso, o diferente, o múltiplo ainda mais quando este é impermeável às diversidades?
o que faz de nossa existência não uma voz surda aos tantos outros que também nos compõem, mas uma melodia capaz de transformar e redirecionar os rumos do espaço que partilhamos?
se essa avalanche de preconceitos e conservadorismo que agora nos aparece boiando como os restos e dejetos dum rio poluído, nos é abjeto e, como tal, inevitavelmente parte do corpo que somos.
olho pra esse volume cinzento e opaco e penso comigo: é possível criar entre nós o terceiro espaço?
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