1 de abril de 2011

sonhos perfurados




eu disse vida, e ela escorreu por entre as pernas.
pensei, que venha.
e tive vontade de correr, correr, correr,
desertar.

desejei.
e segui desejando entre muros e portas lacradas.
achei que era assim, desejar e pronto.

e ali latejante, entre o desejo e a concreção:
pontes, valas, rios lamacentos, pedras e armadilhas,
perfurando meus sonhos.



perfura-me, que sempre tive buracos.




(still do vídeo 'sonhos perfurados', in process.)


Um comentário:

Cássia Nunes disse...

querer (não) é poder
http://acaciamarginata.blogspot.com/