13 de abril de 2010

relatos pós ou sobre a atualização das passagens



estive no rio integrando o trabalho de cláudia muller e pude acompanhar um pouco mais de perto seu processo de criação e em seguida as ressonâncias e a recepção da proposta.







exhibition testa os limites de validação do circuito artístico colocando em cheque as expectativas e pré-definições que se tem do conceito de espetáculo e apresentação.
o que nos chega como uma espera, traz a margem para o centro, colocando um ponto de interrogação naquilo que seria o crucial de uma obra de arte efêmera.
onde começa e onde termina? quais as saídas que se apresentam num contexto onde real e ficcional, ação e intervalo, proposta e propaganda, se misturam?
cria-se um estado de abobalhamento no corpo do espectador e somos presas de um desejo de concretização que nunca se realiza ou mantém-se num sentido de incompletude ou, mais ainda, de engano, traição.
vale pensar quais os código de aproximação que se necessita para criar um dispositivo de anti-ação capaz de agir enquanto presença, revelando as camadas daquilo que chega no outro, embate essencial.
algumas pistas podem ser traçadas por aqui: http://museomurac.com/

ricardo basbaum também esteve presente realizando uma fala em conjunto com a cláudia após o trabalho, discutindo questões pertinentes na história das artes e suas correlações em tempo presente. uma tensão se criou entre aqueles que se deleitavam com o prazer do esclarecimento (e paradoxalmente, da própria validação) e os que tinham a vontade de partir dali com as inquietações e perturbações do acontecimento em sua potência (de vibrar ou de demolir).

Um comentário:

Anônimo disse...

Nos domínios de Narê...

Nos domínios de Narê
o tempo passa e a vida anda.

Pode crê.